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quinta-feira, 18 de abril de 2013

A flor delicada...

A FLOR DELICADA...

Havia a beira de um penhasco uma flor de extrema beleza, sua cor era linda de um amarelo alaranjado, pigmentada em suas folhas, havia um tom de brilho e ao redor da flor, uma luz cintilante.

Certo lenhador, sempre estava a andar pelo bosque, mas desde pequeno sua mãe recomendava-lhe nunca, jamais ir ao penhasco.

Certo que por precaução e proteção, ela sempre repetia a mesma coisa e o lenhador nunca ousou se aproximar.

Não havia muitos habitantes por ali e o lenhador era o único a morar no bosque, sentia-se solitário e um pouco cansado.

Nesse tempo não havia a tecnologia de hoje e a vida do lenhador resumia-se em trabalhar e voltar para casa para cuidar dos pequenos animais que possuia e às vezes, quando era-lhe possível,  lia um bom livro, recostado na velha poltrona de sua amada mãe falecida.

Não havia familiares próximos, praticamente o lenhador vivia só, mas não reclamava, preferia assim.

Certa noite teve um sonho inquietante... Acordou preocupado, porque algo dizia, vá até a beira do penhasco! Ele exitou um pouco, estava receoso, lembrou-se que o penhasco era um lugar perigoso.

Mas a voz interior do sonho persistia: Vá ao penhasco!

Ele não protelou e caminhou até lá, não encontrou nada no caminho que pudesse persuadi-lo a voltar, e foi em frente, corajoso.

Chegando ao penhasco, bem na encosta viu aquela linda flor delicada, perguntou-se como havia algo de tamanha beleza e como era rara, pois nunca havia visto aquela linda espécie.

Aproximou-se cauteloso e viu a luz irradiar da flor, tocou nela, sem arrancá-la, então ela disse: "Lenhador, porque demorastes tanto assim?"

Perplexo ele arregalou os olhos, estranhou a realidade da experiência, sem saber o que dizer, ficou em silêncio. "Lenhador estou morrendo, porque nunca quisestes cuidar de mim."

O lenhador olhou sereno para a flor, sensibilizado pela ausência de cuidados. Notou que a flor apesar da tamanha beleza estava meia desbotada, e sua luz apesar de forte, mostrava-se um pouco pálida, ele disse:"Não sabia que estavas aqui."

A flor disse: "Porque nunca quisestes me notar, eu nunca sai daqui e de longe, nem tão longe assim, se quisesses poderia perceber-me, se houvesse em ti real desejo, poderia cuidar e me amar..." , "agora, estou eu aqui, a beira do precipício, a beira da morte, com tamanho brilho e beleza, porém tú, nunca quisestes me notar!"

"Perdoe-me flor, o que posso fazer? Como te chamas?", disse o lenhador.
A flor disse: "Meu nome é amor."

Essa história criei, com o intuito de percebermos a necessidade de amarmos mais e cuidarmos de quem amamos.

As vezes o amor estar sobre risco, a beira literalmente de um penhasco, as vezes há um lenhador ou lenhadora que apenas sabe trabalhar e sentar na poltrona, sem nada fazer pelo outro, muitas vezes as pessoas dizem: "Casamento não vale à pena!" eu digo: "Sempre que há amor, o casamento vale sim, muito à pena!"

Se deixarmos de enxergar só nossos desejos como essencial e fizermos mais pelo outro, podemos ser mais felizes, porque o brilho que vêm de um verdadeiro amor, fortalece homem e mulher e os transformam em pessoas melhores.

Se abrirmos bem a visão e olharmos um pouco adiante, veremos que o amor não morreu e também não perdeu sua luz, nem deixou de ser verdadeiro. Nós é que mudamos o ângulo da visão ou a opinião. Se não cuidares de teu amor, por mais belo e radiante que um dia tenha sido, ele morrerá, porque não foi cuidado e alimentado. Como a flor necessita de nutrientes para viver, nós necessitamos de carinho e atenção para permanecermos.
Não busque do outro lado, algo que já estar tão perto de você!

Ame seu cônjuge e lute por ele, mesmo que este esteja a beira de um penhasco... Ainda há tempo de ser feliz! Basta notar!

(Fernanda Ferraz.)

O jardim...

O Jardim.

Naquele jardim havia um sonho...
Um sonho guardado só para mim, luzes brilhantes ao firme azul do céu...

Andei, andei e andei e esperei pacientemente. Vi que este mundo estava muito vazio e triste.
Não me desesperei nem tropecei, pela maldade do mundo. Antes, me preparei e vesti minha armadura.

Cantei e plantei no meu jardim. Plantas lindas haviam lá, havia  também muitas ervas amargas.

Mas, não me dei por cansada e todas estas eu retirava.

O tempo ecoava uma bela melodia, com promessas benditas, de que tanto esperava.
O tempo me dizia... Te acalma, tua resposta virá, teu presente chegará e trará muitas alegrias.

E sim, esta era a resposta que eu tanto esperava e almejava.

(Fernanda Ferraz).